sábado, 17 de dezembro de 2022

Epilepsia afeta 50 milhões de pessoas no mundo

Foto: Internet

A epilepsia é uma doença crônica e desordem cerebral responsável por uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro expressada por crises epiléticas recorrentes. No Brasil, 2% da população sofre com o distúrbio neurológico. No mundo, são 50 milhões de pessoas diagnosticadas. Os dados são da Organização Mundial da Saúde. Com o acompanhamento especializado e o tratamento medicamentoso, pacientes epiléticos podem conviver bem com os sintomas.

 Segundo o coordenador de neurologia e neurocirurgia do Hospital Jayme da Fonte, Antônio Albuquerque, as crises epiléticas são provocadas por uma disfunção cerebral em que há uma descarga anormal das células nervosas – ou neurônios – do cérebro. “Existem dois tipos de ataques: 1. Generalizados, em que as descargas anormais acontecem em todo o cérebro ou em quase todo o cérebro, e 2. Focais, quando as crises ocorrem em uma região restrita do cérebro”, explica.

 

Os sintomas do distúrbio variam conforme o local onde ocorre a disfunção cerebral que está provocando a crise. São diversas formas de apresentação clínica da epilepsia, com fenômenos involuntários e puramente sensitivos, com ou sem alteração do nível de consciência. Em geral, podem acontecer convulsões, rigidez muscular, salivação excessiva, incontinência urinária ou fecal, confusão mental, fala imperceptível, agressividade, dificuldade para respirar e ranger dos dentes.

 

O diagnóstico é feito clinicamente por meio de exame físico geral, com a ajuda de exames de imagem, como eletroencefalografia e ressonância magnética nuclear, e o histórico detalhado pelo paciente. Também é realizada uma investigação para identificar a existência de patologias, como tumores, malformação arteriovenosa e isquemias cerebrais, que eventualmente podem causar as crises. O controle do distúrbio é feito por tratamento com medicamentos, além de diversas opções terapêuticas com inibição da disfunção elétrica cerebral onde há descargas anormais.

 

“A gravidade depende do tipo de ataque, da idade em que se iniciam, se tem base genética e como se mantém após o início de tratamento. Quando não se consegue o controle clínico adequado, há uma opção cirúrgica. Existem procedimentos que podem diminuir a frequência das crises e até suspender os medicamentos”, conta. O neurocirurgião reforça a importância do acompanhamento com especialista para a manutenção da doença. “O paciente que negligencia o tratamento está sujeito a ter ataques frequentes e entrar em um estado de mal epilético, onde as crises se sobrepõem as outras, com risco de vida”, finaliza Dr. Antônio Albuquerque.

 

Para identificação correta e melhor forma de tratamento da epilepsia, o paciente deve procurar centros médicos de referência em atendimento neurológico, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui médicos especializados na área. A instituição oferece uma estrutura moderna para a realização de consultas, com um centro de diagnóstico sofisticado, tratamentos cirúrgicos, UTI totalmente equipada, médicos plantonistas e apresenta uma baixa taxa de infecção hospitalar. O atendimento também é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Matéria publicada no DP

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