terça-feira, 5 de maio de 2020

Coronavírus: cias aéreas irlandesas calculam prejuízos

 Lucas Davies/Unsplash
A aviação é uma das áreas gigantes do mundo que está sendo mais afetada por causa da pandemia do Covid-19.
Duas empresas aéreas irlandesas anunciaram cortes de emprego e registraram uma queda profunda no número de viagens em 2020 na comparação com o ano passado.

Ryanair vê número passageiros cair 99%

Foto: Kevin Hackert/Unsplash
A Ryanair, uma das mais famosas companhias aéreas irlandesas, afirmou que suas operações de voos em abril chegaram a cerca de 600, incluindo vôos médicos e de resgate de cidadãos a pedido de governos da UE. Antes do surto, porém, eram esperados 75.501 vôos para o mês. Já o número de passageiros caiu 99,6% no mês, totalizando cerca de 13 mil, algo muito diferente do ano passado, quando a empresa transportou 13,5 milhões no mesmo mês.

A empresa também disse que pode levar pelo menos dois anos para que a demanda de passageiros retorne ao normal. Por isso, segundo ela, até 3.000 empregos serão perdidos, entre pilotos e tripulantes. Haverá ainda cortes salariais e fechamento de bases de aeronaves em toda a Europa.

Aer Lingus relata corte de funcionários
 Foto: Ethan McArthur/Unsplash
A companhia irlandesa Aer Lingus deve cortar até 900 empregos por conta da pandemia do novo coronavírus. A ideia é reduzir custos, cortando 20% dos seus 4.500 funcionários.

A Fórsa, que representa funcionários das companhias aéreas, aeroportos e autoridades aeroportuárias da Irlanda, pediu uma intervenção rápida do governo para garantir que a Irlanda tenha um setor de aviação assim que a emergência do coronavírus terminar.

Leia também: Coronavírus: Irlanda divulga calendário de reabertura do país

Uma foto de um voo da Aer Lingus viralizou na internet, mostrando que não há evidências aparentes de medidas de distanciamento. A companhia aérea disse que qualquer mudança de processo necessária seria implementada como uma “questão de urgência” e que “a segurança dos clientes e da equipe da Aer Lingus é a nossa principal prioridade e qualquer alteração no processo identificada como necessária será implementada com urgência”.

A companhia aérea também fez previsões para junho e julho. Segundo o cronograma, a companhia aérea deve operar apenas 15% do esperado, mas a “visão realista agora está mais próxima de 5%”.


Por RUBINHO VITTI, Jornalista de Piracicaba, SP, vive em Dublin desde outubro de 2017.

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