sábado, 9 de outubro de 2021

Firmar aliança com PSB é um dos desafios do PDT para 2022 em Pernambuco

Foto: Câmara dos Deputados

Lideranças do PDT em Pernambuco se reuniram nesta sexta-feira para discutir articulações para 2022. Além da construção de um palanque para Ciro Gomes (PDT), também surge como prioridade a busca pela reeleição dos deputados Zé Queiroz (estadual) e Wolney Queiroz (federal). Dentro desse cenário, o PSB aparece como um partido estratégico para o PDT no estado, mas uma possível aliança dos socialistas com o PT pode pôr em xeque o elo com os pedetistas. Em um gesto esperançoso, Wolney Queiroz diz que tem sido constante a busca pelo apoio do PSB: "Esse é meu desafio". 


Encabeçado pelo presidente do PDT em Pernambuco, Wolney Queiroz, o encontro reuniu lideranças políticas do partido com o intuito de fazer avaliações sobre a atual situação da legenda no estado, bem como alinhar estratégias para as eleições de 2022. “Fizemos uma avaliação política estadual da sigla, pensando também nos movimentos que serão necessários por causa dos fins da coligações e os desafios que teremos pela frente”, informou Wolney. De acordo com Pedro Josephi - presidente da Fundação Leonel Brizola em Pernambuco - também foram fortalecidas as prioridades pedetistas.


“A gente tem dois deputados importantes pra lutar contra o bolsonarismo, são eles os parlamentares Zé Queiroz e Wolney Queiroz”, disse Pedro. “A prioridade do partido é a reeleição desses dois parlamentares”, completou o pedetista que também mencionou a busca pelo fortalecimento do nome de Ciro Gomes no estado. 

 

Questionado sobre os diálogos que vem sendo feito com o PSB, Josephi disse que a legenda trabalha em torno de um plano A e um plano B, movimentação que se tornou necessária com a volta do nome do ex-presidente Lula à disputa política. “O ex-presidente Lula tem a sua popularidade, é um ator político importante e tem pressionado o PSB, mas nós do PDT não estamos trabalhando apenas com um cenário”, destacou Pedro que também informou que o primeiro cenário ideal seria o PSB “fechando com a candidatura de Ciro Gomes”.


Já o plano B envolve um cenário em que os socialistas possam vir a preferir caminhar com o PT. Buscando se antecipar às consequências que isso pode trazer, o PDT também tem buscado construir diálogo com outros partidos.  “O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e  o próprio Ciro têm dialogado com outras forças políticas, como ACM Neto que é presidente do DEM e é candidato a governador da Bahia”. A nível estadual, a conversa também tem se dado com outros nomes da oposição, como o prefeito de Petrolina e pré-candidato ao governo de PErnambuco, Miguel Coelho (DEM), e Armando Monteiro (PSDB). 


“O ano pré-eleitoral é o período de trocar conversas, debater o cenário para gente ver qual é o melhor caminho a se tomar”, afirmou Wolney Queiroz que demonstrou o grande interesse em construir alternativas políticas ao lado do PSB.  “Por enquanto tenho feito todos os gestos possíveis como deputado federal para os governos de Paulo Câmara e João Campos. Então o trabalho que temos que fazer agora é tentar atrair o PSB para apoiar a candidatura de Ciro Gomes, esse é meu desafio”, cravou. 

 

Apesar das dificuldades e apresentando uma ponta de esperança, Pedro Josephi fez questão de pontuar que existem nomes fortes dentro da sigla socialista em Pernambuco que são a favor da aliança com o PDT, como o próprio prefeito do Recife, João Campos, que lidera a prefeitura ao lado de Isabela de Roldão (PDT), e o secretário Geraldo Júlio (PSB). “São figuras que preferem uma candidatura alternativa, então é nisso que estamos apostando”, asseverou Pedro.  Contudo, independente do cenário, o pedetista lança o aviso:  “Uma coisa é certa, Ciro Gomes não vai ficar sem palanque em Pernambuco”. 


Por DP

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