domingo, 19 de março de 2023

Há 78 anos, nascia Elis Regina, ícone musical brasileiro

Foto: Jeso Carneiro/Flickr

Em 1965, Elis Regina estreava no Festival de Música Popular Brasileira,o Brasil ouviu pela primeira vez um das mais marcantes vozes da história da música do país. Desde então, o próprio nome foi eternizado no cenário musical nacional de tal forma que, mesmo após 41 anos de sua morte, ainda é uma das principais referências do mundo artístico. Sexta-feira (17), a cantora estaria completando 78 anos de idade.

Regina nasceu em Porto Alegre, em 1945, e desde pequena teve afinidade com a música. De 1,53 de altura e personalidade forte, foi apelidada de “pimentinha” por Vinícius de Moraes. Sobre a presença de palco característica, era conhecida por cantar com muita emoção, interpretando profundamente cada trecho com os braços abertos e mãos espalmadas. Elis não foi apenas uma cantora, ela interpretou as músicas e comoveu o público intensamente, tornando toda a apresentação em uma experiência única.


Estrela da bossa nova, Elis cantou com grandes nomes como Tom Jobim, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Jair Rodrigues, João Bosco e Ivan Lins. Apesar do sucesso, ela não se limitou ao gênero, cantando também MPB, jazz, rock e samba. Ao longo dos 18 anos de carreira, foram quatro milhões de discos vendidos e inúmeras gerações de artistas influenciadas.


Em 19 de janeiro de 1982, no auge da carreira, Elis Regina Carvalho Costa morreu em decorrência de uma parada cardíaca causada pela mistura de cocaína e bebidas alcoólicas. Com 36 anos, deixou três filhos: Maria Rita, Pedro Mariano e João Marcello Bôscoli, todos cantores.


Entre seus maiores sucessos, é impossível desassociar a interpretação de Como Nossos Pais, escrita em 1976 por Belchior, da voz da cantora. Em sua letra, a composição exprime frustração e certa revolta entre as gerações, por terem aceitado se manter longe de uma plena liberdade perante a ditadura militar. Através de expressões faciais marcantes, sua voz forte conduziu a interpretação para que o público entendesse e se comovesse com a decepção incorporada pela artista.


Por: Correio Braziliense

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