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Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha Agosto Verde-Claro é o mês de sensibilização e combate aos linfomas, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável pelas defesas do organismo e pelo combate às infecções e outras doenças. O objetivo é difundir conhecimento e incentivar a detecção precoce, possibilitando melhores chances de cura. Como referência em tratamento oncológico, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) trabalha anualmente este tema, disponibilizando uma série de conteúdos informativos em seu site hcp.org.br e suas redes sociais @sigahcp para alertar a população.
Linfoma: tipo de câncer que afeta o sistema de defesa do corpo
“O linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável pela produção de células de defesa do organismo. Existem diversos subtipos de linfoma, que se diferenciam pelo tipo de célula doente e por características clínicas, sendo classificados em linfoma de Hodgkin e o linfoma não-Hodgkin”, explica a hematologista do HCP, dra. Marília Braga.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o número estimado de casos novos de linfoma não Hodgkin (LNH) para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 12.040 casos, sendo 6.420 casos em homens e 5.620 casos em mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o LNH ocupa a nona posição entre os tipos de câncer mais frequentes. No Nordeste é o 11º mais frequente. Já para o linfoma de Hodgkin (LH), o número estimado de casos novos no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 3.080 casos, sendo 1.500 casos em homens e 1.580 em mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o LH ocupa a 20ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes, no Nordeste ocupa a 19ª posição.
Linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin
O Linfoma não-Hodgkin, que é o mais frequente, tem mais de 20 subtipos e é subdividido em linfomas agressivos (de crescimento rápido) e linfomas indolentes (de crescimento lento). Pode ocorrer em crianças, adolescentes e adultos. Porém, de modo geral, o LNH torna-se mais comum à medida que as pessoas envelhecem.
Em relação ao Linfoma de Hodgkin, o acometimento é mais frequente no início da idade adulta e após os 60 anos de idade e há um predomínio ligeiramente maior do sexo masculino.
Sintomas e fatores de risco
“Embora seja uma doença complexa, é possível ter maiores chances de cura com a detecção precoce e o tratamento adequado. Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas e fatores de risco e procurar acompanhamento médico imediato”, alerta dra. Marília.
Entre os sinais de alerta estão o aumento dos gânglios linfáticos, febre persistente, suores noturnos, perda de peso inexplicável, náuseas e vômitos. Os sintomas podem variar de acordo com a localização da doença e sua velocidade de crescimento. Quando o linfoma atinge o tórax, pode haver tosse, falta de ar e dor no peito; se acomete o abdome, podem surgir sintomas de desconforto, distensão abdominal e obstrução intestinal. Já quando envolve o sistema nervoso central, podem apresentar quadro de confusão mental, dor de cabeça ou perda de força, devido ao acometimento primário do linfoma ou infiltração por doença avançada.
O aumento do risco de linfoma está relacionado com situações que comprometem o sistema imunológico. Estas podem ser decorrente do uso de alguma medicação imunossupressora como no caso de pacientes transplantados, assim como por infecções bacterianas pelo Helicobacter pylori, ou virais em que podemos incluir o vírus Epstein bar (EBV), o HIV, além do HTLV (vírus linfotrópico da célula humana), por exemplo. As doenças autoimunes (artrite reumatoide, lúpus eritematoso e doença celíaca) também são importantes fatores de risco.
Detecção precoce e tratamento
“O diagnóstico precoce pode ser decisivo para o paciente. Quando mais cedo o linfoma é diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, os sintomas não devem ser negligenciados. A confirmação do diagnóstico do Linfoma é feita através da realização do exame anatomopatológico e imuno-histoquímico da lesão ou do gânglio acometido” explica dra. Marília.
O diagnóstico é feito por biópsia de alguma lesão suspeita ou de um linfonodo aumentado. Exames de sangue, de imagem e a biópsia da medula óssea complementam a avaliação, permitindo adequada definição da extensão da doença e de fatores prognósticos. O tratamento é individualizado e varia de acordo com o subtipo do linfoma. Geralmente ocorre com o auxílio de quimioterapia, podendo estar associada a imunoterapia, radioterapia e transplante de medula óssea.
O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP)
O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) é uma instituição privada e sem fins lucrativos que se dedica ao diagnóstico e tratamento integral de pacientes com câncer, por meio do Sistema Único de Saúde – SUS. Como instituição filantrópica, o hospital é mantido com doações de pessoas físicas e de empresas, além de parcerias, convênios e políticas públicas pactuadas com os governos municipais, estaduais e federal.
Como unidade hospitalar com atuação na alta complexidade, recebe pacientes encaminhados de unidades de saúde de atenção básica e/ou de média complexidade de todo o estado. Atualmente é responsável por mais de 50% de todas as pessoas com câncer em tratamento pelo SUS em Pernambuco. Visando o acesso à reabilitação, o HCP disponibiliza terapias complementares compostas por uma equipe multidisciplinar, além da única urgência exclusivamente oncológica do estado.
Como ser atendido no HCP
Para ser atendido no HCP é necessário ter o diagnóstico de câncer já estabelecido por exames ou o encaminhamento por escrito justificando a alta probabilidade ou suspeita da doença. Em posse desses documentos, o paciente deve procurar o setor de Triagem da instituição, de segunda a sexta-feira, a partir das 6h.
Por: Camyla Nóbrega
81 9 9541-3759
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