terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Aquecimento do mercado de seguros inclui digitalização e ofertas para atender a todos os bolsos; aposta é chegar a 10% do PIB

Balanço mais recente do setor, em Pernambuco, assinalou movimentação de pagamentos na ordem de R$ 860 milhões, apenas em um semestre

Convenção anual reuniu 1,5 mil profissionais, discutindo avanços e desafios do mercado (Foto: Divulgação/MAG)

Rio de Janeiro*
– O mercado de seguros vem pavimentando um caminho de modernização, investindo em tecnologia e numa aproximação com um público mais diversificado.

A aposta também mira em uma redução do peso no bolso. Conforme o setor, os planos considerados inclusivos, com prestações mais baixas e coberturas customizadas, cresceram, em média, 150% no balanço dos últimos cinco anos. Os valores mensais conseguem partir de R$ 20, promovendo mais flexibilidade e atendendo a camadas com menor renda. Planejando o futuro, mas também de olho no presente, a ideia é de aproximar o segmento ao cotidiano das famílias.


De acordo com o mais recente balanço da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), referente ao primeiro semestre do ano anterior, o nicho de seguros pagou mais de R$ 860 milhões em Pernambuco. No apanhado das regiões Norte e Nordeste, este montante referente a indenizações por benefícios, resgates e sorteios superou a marca de R$ 4 bilhões. “Miramos em todos os públicos de maneira consciente. A modalidade de investimentos mais baixos, mas não menos importantes, permite uma proteção que se adequa ao orçamento dos lares. A digitalização nos possibilitou uma ampliação, mas isso não deixa de lado a relevância do olho no olho com o cliente”, explica o presidente do Conselho Administrativo da MAG Seguros, Nilton Molina, que continua: “O nosso negócio, às vezes, é justamente vender aquilo que ninguém quer pensar, que é uma possível ausência ou incapacidade. Mas nossa missão é ir além”, diz.


Durante a convenção anual da companhia, no Rio de Janeiro, neste último fim de semana, um público de cerca 1,5 mil corretores, agentes, empresários e demais integrantes do hub securitário, discutiram os avanços e desafios da categoria. O encontro, batizado de MAGNEXT 2024, trouxe projeções dentro do crescimento da indústria de seguros, que idealiza uma alavancada de participação no Produto Interno Bruto (PIB), até 2030, saindo dos 6% atuais para 10%. “Não é apenas sobre vender seguros, mas sobre um incremento em tecnologia, educação, treinamento dos profissionais e aumento de relacionamento. O interesse em fazer um seguro tem sido notoriamente ampliado na mente das pessoas e isso nos motiva”, afirma Nuno David, diretor executivo e de marketing da Mag.


A empresa é a mais antiga do Brasil em operação, com 189 anos. Em Pernambuco, conta com 45,8 mil clientes ativos, com idade média de 45 anos. “Nosso objetivo é crescer internamente na ordem de 25% para este ano, estando acima da média do mercado, que oscila em 13%”, completou, lembrando os bons resultados da unidade do Recife e mais 37 filiais espalhadas pelo país. “Os prêmios emitidos em seguros pessoais superaram os de automóveis e isso é muito expressivo, mudando parâmetros. A pandemia desmistificou bastante muitos conceitos antiquados e também fortaleceu o cuidado com a vida de quem se ama. O brasileiro começou a considerar as escalas de prioridades e isso tem promovido um planejamento financeiro e assistencial”, reforçou David.


O seguro mais barato para o cliente também vem acompanhado da vantagem do acesso na palma da mão. A startup Simple2u, por exemplo, traz um portfólio baseado no sistema on demand. As coberturas podem ser ativadas e desativadas online, a qualquer tempo, sendo manualmente ou de forma automática. Entre os produtos ofertados estão proteções para acidentes pessoais e residência, além de segurança também para celulares. As assistências inclusas beneficiam até os pets, como cães e gatos. “É um desafio sempre presente, voltado para conquistar novos consumidores, dentro de um modelo de negócio totalmente novo”, revela o diretor, Leonardo Lourenço. Ele lembra condições de praticidade que antes eram improváveis. “Temos agora a chance de proteger um imóvel que foi alugado por um prazo determinado, por exemplo. Basta ligar e depois desligar”, destaca. 



Por Diário de Pernambuco

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