O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região decidiu por aceitar o pedido do Náutico para reconhecer a demissão do treinador por justa causa
Náutico vence batalha na Justiça contra o técnico Hélio dos Anjos (Foto: Tiago Caldas/CNC ) |
A novela Náutico x Hélio dos Anjos vai chegando aos seus capítulos finais. Em mais um embate jurídico entre as duas partes, o clube saiu vitorioso nesta semana e com pouca chance de reviravolta. Em decisão de 2ª instância, oficializada nesta quinta-feira (07), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região reformou a decisão de 1ª instância e decidiu por aceitar o pedido do Náutico para reconhecer a demissão do treinador por justa causa. Com a decisão, o valor a ser pago pelo Alvirrubro foi significativamente reduzido. Os valores devem ser publicados em breve pela Justiça. A demissão em questão aconteceu em abril de 2022. De acordo com versão do Náutico, que consta nos autos do processo, após um jogo entre Náutico x Retrô, pelo Estadual, no dia 9 de abril, Hélio dos Anjos foi o responsável por incitar um conflito entre atletas e um torcedor que estava protestando próximo ao vestiário. E que tal atitude culminou num conflito de grandes dimensões na área comum do clube.
Em decisão de 1ª instância, no começo deste ano, a juíza Maria Carla Dourado de Brito, da 10ª Vara do Trabalho do Recife, deu razão para o treinador, entendendo que “Não restou comprovada a prática de qualquer falta grave pelo Reclamante capaz de legitimar a aplicação de penalidade máxima prevista pelo Legislador”, escreveu a magistrada em trecho da sentença. A juíza se baseou no depoimento de uma testemunha que afirmou que o motivo real da demissão foi uma “animosidade” de Hélio dos Anjos com Diógenes Braga, então presidente do Náutico.
Porém, o Náutico recorreu da decisão e nesta semana a decisão foi reformada, com a Justiça entendendo que houve sim motivo para uma demissão por justa causa. Além disso, na decisão desta semana, ficou negada a justiça gratuita que Hélio havia solicitado. O treinador, atualmente no CRB-AL, também terá que pagar as custas da defesa do Náutico. O técnico ainda pode recorrer em última instância ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas especialistas apontam que a chance de reversão é muito pequena.
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