terça-feira, 17 de junho de 2025

PF deflagra operação contra fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro

Oitenta policiais federais e oito servidores do quadro técnico da CGU cumprem 16 mandados de busca e apreensão em Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho, no Agreste.

Relógios foram apreendidos em operação da PF (Divulgação/PF)

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) deflagrou uma operação contra suspeitos de desviar recursos públicos em contratos firmados com prefeituras do estado e uma organização da sociedade civil e empresas privadas para o fornecimento de mão de obra terceirizada.

Realizada pela Delegacia da PF em Caruaru, no Agreste, a Operação Valatus apura crimes desde 2021.


A investigação partiu de indícios de irregularidades apuradas pela Controladoria Geral da União (CGU) durante a execução do Programa de Fiscalização de Entes Federativos no Estado de Pernambuco.

Segundo a PF, entre 2019 e 2024, a entidade investigada recebeu pagamentos superiores a R$ 662 milhões de diversas prefeituras pernambucanas.


Do total, ao menos, R$ 431 milhões foram custeados com recursos federais.


"Os serviços supostamente prestados pelas investigadas eram, majoritariamente, de fornecimento de mão de obra para emprego na área de saúde" disse a PF, em comunicado oficial.


Operação

Oitenta policiais federais e oito servidores do quadro técnico da CGU cumprem 16 mandados de busca e apreensão em Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho, no Agreste.

Todos os mandados foram expedidos pela 23ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.



A JFPE determinou também a proibição dos investigados manterem contato entre si e se ausentarem da Comarca que residem sem autorização judicial.


Imagens divulgadas pela PF mostram os policiais em ação e uma caixa com relógios que foram apreendidos.


Crimes

Os crimes investigados são de fraude de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.



As penas máximas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão.


Valatus

O nome da ação é uma alusão ao modelo de operação da organização e das demais pessoas envolvidas.



Ainda conforme a PF, elas realizavam as atividades de modo "aparentemente velado, encoberto, escondido".



Por Diario de Pernambuco

Nenhum comentário:

Postar um comentário