sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Síndrome de Kallmann: rara condição que Hitler teria pode resultar em micropênis e baixa libido

Diagnóstico geralmente ocorre quando uma criança não inicia a puberdade



Um documentário do Channel 4, "O DNA de Hitler: O Projeto de um Ditador", revelou que Adolf Hitler sofria de Síndrome de Kallmann, distúrbio genético que prejudica o desenvolvimento dos órgãos sexuais e reduz a produção de testosterona.

A descoberta, feita a partir da análise de vestígios de sangue do ditador, pode explicar seu notório desconforto com mulheres e a ausência de filhos com Eva Braun. A nova pesquisa também refuta a sugestão de que Hitler tinha ascendência judaica.


De acordo com a National Library of Medicine, síndrome de Kallmann é uma forma congênita de hipogonadismo causada por baixos níveis de hormônios hipogonadotróficos, o que pode resultar puberdade incompleta ou tardia e infertilidade. Segundo a entidade, o diagnóstico geralmente ocorre quando uma criança não inicia a puberdade.


A condição foi descrita pela primeira vez na era moderna em 1944. Trata-se de uma doença genética considera rara, ligada ao cromossomo X, que afeta cerca de 1 em cada 48.000 indivíduos, sendo "quatro vezes mais prevalente em homens do que em mulheres".


Pesquisadores ouvidos pelo documentário contam que todos esses fatores reforçam antigas teorias sobre a impotência de Hitler, ironizada até em uma popular canção da Segunda Guerra Mundial que zombava de sua “falta de vigor sexual”.


"Ninguém jamais conseguiu explicar por que Hitler se sentia tão desconfortável perto de mulheres ao longo da vida", afirmou o historiador Alex Kay, da Universidade de Potsdam, um dos entrevistados no programa.


O estudo genético foi possível graças a uma amostra de sangue retirada do sofá onde Hitler morreu em 1945, preservada por um oficial americano. O material foi analisado pela professora Turi King, da Universidade de Bath, especialista em genética forense, que sequenciou o genoma completo do ditador.


Além da Síndrome de Kallmann, o DNA apontou alta propensão a TDAH, autismo, transtorno bipolar e esquizofrenia — condições hereditárias que podem ter influenciado seu comportamento paranoico e antissocial.


"Hitler tem uma pontuação muito alta para esquizofrenia e comportamento antissocial", afirmou a geneticista Ditte Demontis, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca. — É uma mistura rara e perigosa.


O psiquiatra Michael Fitzgerald classificou o caso como de “psicopatia autista criminosa”, combinação que, segundo ele, ajuda a compreender parte da mente de um dos maiores genocidas da história.


Hitler manteve segredo absoluto sobre seu estado de saúde e vida íntima, cultivando a imagem de um homem “inteiramente devotado à pátria”. Agora, oito décadas depois de sua morte, o DNA do ditador começa a revelar a verdade por trás da figura que mudou o curso da humanidade.


Por - Agência O Globo

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